Poucos(as) professores(as) chegaram ao resultado. A dificuldade era a tentativa de equacionar a questão. Após algumas considerações concluímos que se apresentássemos o mesmo problema aos(às) estudantes, talvez conseguissem a solução mais facilmente. E você? Qual é a solução que chegou?
Se quiser conferir a resposta, me envie sua solução: glauciaprofmat@gmail.com
Então, iniciamos a discussão das unidades 3 e 4 do TP1: IMPOSTOS
Os(as) professores(as) foram solicitados a fazer a Situação problema das páginas 131 e 132 do TP1
Após a discussão dessa atividade, foram apresentadas a cada trio de professores(as) várias notas fiscais de compra de uma padaria, para que selecionassem ao menos uma e a partir dela, elaborassem uma outra atividade que fosse adequada à seus(suas) estudantes.
As observações que pude fazer e/ou as conclusões que o grupo chegou com relação à essa tarefa foram:
- A grande maioria dos(as) professores(as) encontrou muita dificuldade em compreender a nota fiscal.
- A maior dificuldade na elaboração da atividade foi a tendência de acreditar que existia uma obrigação de propor exercícios que envolvessem cálculos.
- A leitura de documentos como a nota fiscal é uma competência que deve ser ensinada na escola, mas que nenhuma área do conhecimento se responsabiliza por fazê-lo.
- Para trabalharmos um determinado tema é fundamental que antes de propô-lo, que nos apropriemos suficientemente dele.
O professor Luiz Henrique socializou um texto para ser usado como motivador no trabalho com impostos muito elogiado pelos(as) colegas.
15/12/2006
Impostos encarecem preço dos videogames no Brasil
por Théo Azevedo
O ano de 2006 foi marcado por importantes acontecimentos para a indústria de games nacional, em especial o lançamento oficial do Xbox 360. A chegada do videogame de nova geração, pelas mãos da própria Microsoft, representa um passo decisivo para um mercado que tenta mostrar sua cara ao mundo. Quase que simultâneo com os Estados Unidos, também chegou o Wii, importado oficialmente pela Latamel, empresa de origem panamenha que possui a representação da Nintendo no país.
Provavelmente, muita gente ao se deparar com o preço do Xbox 360 nacional, que custa R$ 2.999 (nos Estados Unidos, sai por US$ 399) deve ter xingado a Microsoft e amaldiçoado o Bill Gates até sua 5ª geração. Com o Wii não é diferente: comercializado por US$ 250 no país de origem, nas prateleiras nacionais o aparelho custa R$ 2.400 - ou seja, por aqui, o Wii sai pelo equivalente a US$ 1090; o Xbox 360, por US$ 1360.
Contudo, antes de culpar o fabricante ou a loja por um preço alto, é preciso entender como funciona a incidência de impostos sobre videogames no Brasil.
Para começar, a moeda corrente é o dólar e muitos dos impostos incidem em cascata (um sobre o valor anterior, e não sobre o valor original), levando o preço às alturas. Por mais absurdo que pareça, a carga tributária que incide sobre os consoles é maior que as das máquinas de videopoker, bastante populares em bingos e bares.
Provavelmente, muita gente ao se deparar com o preço do Xbox 360 nacional, que custa R$ 2.999 (nos Estados Unidos, sai por US$ 399) deve ter xingado a Microsoft e amaldiçoado o Bill Gates até sua 5ª geração. Com o Wii não é diferente: comercializado por US$ 250 no país de origem, nas prateleiras nacionais o aparelho custa R$ 2.400 - ou seja, por aqui, o Wii sai pelo equivalente a US$ 1090; o Xbox 360, por US$ 1360.
Contudo, antes de culpar o fabricante ou a loja por um preço alto, é preciso entender como funciona a incidência de impostos sobre videogames no Brasil.
Para começar, a moeda corrente é o dólar e muitos dos impostos incidem em cascata (um sobre o valor anterior, e não sobre o valor original), levando o preço às alturas. Por mais absurdo que pareça, a carga tributária que incide sobre os consoles é maior que as das máquinas de videopoker, bastante populares em bingos e bares.
Quanto um videogame paga para entrar no Brasil
Imposto de Importação (II) - 28%
De intenção protecionista, é um imposto federal que incide sobre a entrada de produtos estrangeiros em território nacional, evitando uma concorrência desleal com produtos fabricados no Brasil.
ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) - 25%
Imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual, intermunicipal e de comunicação. Também é aplicado sobre a entrada de produto importado, seja por pessoa física ou jurídica, mesmo quando se trata de um bem para consumo ativo ou permanente do comprador.
IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) - 50%
A principal incidência é sobre mercadorias nacionais e estrangeiras que consistam na reunião de produtos, peças ou partes e da qual resulte um novo produto ou unidade autônoma.
PIS (Programa de Integração Social) - 1,65%
Pago pelas pessoas jurídicas, a grosso modo incide sobre bens adquiridos para revenda.
COFINS (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social) - 7,6%
Tributo cobrado pela União para atender a programas sociais do governo federal.
No final das contas, a carga tributária representa 257% do custo FOB ("Free on Board", termo utilizado para designar o preço original da mercadoria, livre de qualquer despesa relativa à exportação) para os consoles - no caso de games e portáteis, são 233% e 209%, respectivamente - e, vale lembrar, não estão computados custos com transporte, distribuição, margem de lucro da revenda etc). É um quadro que simplesmente não faz sentido, já que o governo não arrecada quase nada, pois a maioria do mercado corre na ilegalidade do contrabando.
Existem cerca de 11 milhões de consoles no Brasil, mais da metade composta por aparelhos de menos de 32 bits. Embora não esteja presente oficialmente no Brasil, a Sony domina o mercado de consoles de ponta, com quase 1 milhão de Playstation 2 vendidos. Em 2005, 411 mil videogames foram vendidos no país, a esmagadora maioria formada por PlayStation 2, seguido pelo Nintendo DS e PlayStation, respectivamente.
Devido ao alto custo dos impostos, 94% do mercado de consoles é cinza, termo utilizado para designar produtos legais vendidos como contrabando (ou seja, sem recolher impostos).
Atualmente, existe um movimento embasado pela participação de grandes empresas da área, além de Abragames (Associação Brasileira das Desenvolvedoras de Jogos Eletrônicos) e Abes (Associação Brasileira de Empresas de Software), para tentar convencer o governo a rever os impostos. "As taxas atuais não fazem o menor sentido e o governo não ganha nada com elas", explica Marcelo Carvalho, presidente da Abragames. "Mas, para mudá-las existe uma certa burocracia e, como todos os segmentos reclamam de altos impostos, fica parecendo que esse é apenas mais um caso", completa.
A idéia, em parte, é tentar repetir o modelo consagrado pelo México, atual líder do mercado de games na América Latina, onde o governo local aboliu todos os impostos. Com isso o país, que tem características semelhantes às do Brasil, estabeleceu-se como um território relevante para a indústria do entretenimento eletrônico.
No final deste encontro, ficou combinado que os(as) professores(as) cursistas ficariam a vontade para selecionarem as atividades relativas ao TP1 (ou AAA1) para aplicarem em suas turmas. De acordo com as características dos(as) estudantes, escolheriam uma atividade da temática nutrição (unidades 1 e 2) e uma atividade da temática impostos (unidades 3 e 4).
A partir da solicitação do grupo foi apresentada a seguinte proposta de roteiro de elaboração do relatório:
Orientação para produção dos relatórios
1º) Procure escrever um cabeçalho contendo as seguintes informações:
Nome da escola que em que leciona, nome da professora formadora, turma no Gestar, data, tema da atividade, TP, Unidade.
2º) Procure elaborar um texto descrevendo a aplicação da atividade em sala de aula. É interessante que seu texto possua um parágrafo de:
• Introdução: Escreva o total e perfil dos estudantes que realizaram a atividade, o ciclo e ano do ciclo que estão matriculados. É importante relatar o número de aulas que foi necessário para a realização da atividade.
• Desenvolvimento: Relate as estratégias para aplicar a atividade: as motivações para o tema, como a turma foi organizada, o uso de material de apoio, intervenções realizadas, estratégias utilizadas pelos estudantes, suas falas/comentários, etc.
• Conclusão: Escreva como os grupos socializaram os resultados para a turma, as maiores dificuldades e/ou facilidades no desenvolvimento da atividade apresentadas por você e pelos grupos, bem como suas observações/reflexões sobre seu trabalho e o de seus estudantes.
• Anexo: (opcional) Apresente pelo menos três atividades dos seus estudantes e, se desejar, ilustre-as com fotos e/ou vídeos.
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